OLHAR x VER
Vemos
e não olhamos. Olhamos e não vemos.
Estes dois vocábulos parecem sinônimos, contudo não o são. Enquanto um
remete a subjetividade e a registra, bem como reflete e grava, outro remete a analisar,
buscar a pesquisar.
Desta feita assim
estamos na contemporaneidade, pois ora vemos, ora olhamos não simultaneamente,
mas por partes. Exemplifico minha fala quando destacando uma das atividades da
interdisciplina de Infância, que se tratava da análise das propagandas infantis
e que a partir dos textos lidos tive outra visão sobre o tema.
Penso como a questão do olhar está
intrínseca em minha prática docente uma vez que com já elenquei anteriormente
envolve várias articulações que estão no
cotidiano escolar que precisam de tal ação .
“
Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovakloff, levou-o para que
descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das
dunas altas, esperando. Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas
alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus
olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto seu fulgor, que o menino ficou
mudo de beleza. E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando,
pediu ao pai:
- Pai, me ensina a olhar! ”
Eduardo Galeano – Livro
dos Braços